Rota traçada entre ondas gigantes e horizontes gelados

Foi no verão antártico de 2014 que a ideia de ter mais liberdade e propósito na produção de conteúdo deixou a sombra do inviável.

A jornalista Gislene Bastos e o repórter cinematográfico Dionei Santos viajaram até a Antártica para cobrir a retomada da pesquisa científica brasileira nos módulos emergenciais da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF). Um incêndio tinha destruído a antiga base e uma nova construção começava a ganhar infraestrutura. Dois navios da Marinha do Brasil davam suporte aos pesquisadores: o H41 Almirante Maximiano, um navio polar, e o H44 Ary Rongel, navio de apoio oceanografico. Foi neste segundo que a equipe passou duas semanas. Durante esse período um dos momentos mais marcantes foi a travessia do Drake, o mar revolto entre o Cabo Horn, no extremo sul das Américas, e a Pensínsula Antártica.

Vento cortante. Ondas em todas as direções. E o fascínio e desafios do gelo

A Antártica pede aceitação e superação

Ambiente em que a alma se manifesta com força e cobra autenticidade

Quando a expedição terminou, quando a edição foi concluída e as reportagens exibidas, Gislene Bastos já sabia que precisaria fazer escolhas. Tinha chegado a hora de dar mais sentido ao trabalho. Mas foram necessários ainda alguns anos alternando o jornalismo factual, esse das notícias do dia a dia, com a realização de projetos especiais para televisão e internet. Uma lente maior. E foco determinado no desenvolvimento de conteúdo audiovisual de qualidade comprometido com uma sociedade mais sustentável. Amigos se tornaram parceiros. Empresas passaram a ser clientes.

Em 13 de dezembro de 2017 nasceu a H44 Filmes.